Fundos imobiliários: saiba mais sobre este tipo de investimento

Por Adriano Rodrigues, professor do curso de Administração do Unilavras.

 

Sempre ouvimos nossos pais e tios dizerem: “o melhor investimento são os imóveis. Eles valorizam muito e ainda nos proporcionam o aluguel”. Sim, isso é verdade!

Entretanto, todos sabem como é difícil adquirir um imóvel. Primeiramente temos que economizar até conseguirmos o capital necessário para comprá-lo. Depois temos que enfrentar uma burocracia e várias taxas e impostos para registrá-lo em cartório. E não para por aí: ainda temos que cuidar da manutenção. Mesmo alugado, precisamos dedicar nosso tempo e dinheiro para conservá-lo.

Um outro inconveniente de adquirir um imóvel é sua baixa liquidez. Caso precisarmos levantar dinheiro para alguma emergência, não conseguimos vendê-lo tão rapidamente. Assim, corremos o risco de ser preciso entregá-lo por um preço abaixo do mercado para que a venda aconteça de forma mais rápida.

Então vem a pergunta: existe outra forma de investir em imóveis sem tanto esforço? A resposta é sim!!! Através dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII), é possível adquirir cotas de imóveis como galpões, shoppings centers, condomínios, edifícios de escritórios, hotéis e outros. É como se comprássemos a pia de um grande shopping, por exemplo, e recebemos o aluguel todo mês. O aluguel recebido, será proporcional ao valor das cotas adquiridas.

 

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Você sabe quais as vantagens desses fundos (FII)? Aqui vão algumas vantagens:

  • Os FII são negociados na bolsa de valores (B3), tanto a compra como a venda;
  • Você não precisa desembolsar a quantia total correspondente ao preço do imóvel, podendo comprar quantas cotas desejar e diversificar adquirindo imóveis de vários segmentos, como shoppings, hotéis etc.;
  • Na maioria dos casos, as pessoas físicas são isentas do imposto de renda e taxas de corretagem;
  • Você não precisa se preocupar com as tarefas administrativas dos imóveis, tais como compra e venda, registros em cartório, procura de inquilinos, cobrança do aluguel, manutenção do imóvel entre outras. Tudo isso é de responsabilidade da equipe gestora do fundo;
  • Se ocorrer uma valorização do imóvel, isto vai gerar um aumento do patrimônio do fundo, o que é acompanhado por um aumento do preço das cotas.

 

Outro detalhe que vale a pena ressaltar é que temos três tipos básicos de fundos:

  • Fundos tipo tijolo: são fundos que investem diretamente em imóveis físicos, como por exemplo, hotéis, shopping, condomínios etc;
  • Fundos tipo papel: são fundos que investem em títulos do setor imobiliário, como por exemplo os CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários);
  • Fundos tipo fundo: são fundos que investem em outros fundos de investimentos imobiliário, ou seja, você compra cotas de um fundo que investe em outros fundos.

 

Mas, atenção!

Os FII são considerados investimento de renda variável, ou seja, você não tem garantia de que todo mês vai receber sempre a mesma quantia de aluguel, pois vai depender de como se deu a administração do fundo. Por exemplo: se num determinado mês vários inquilinos saíram do imóvel e este ficou desocupado, a receita do fundo será menor e, consequentemente, o rendimento por cota será menor.

Sendo assim, é preciso avaliar bem o patrimônio do fundo e sua gestão para que você possa decidir num cenário de menor incerteza. Esta avaliação precisa também levar em conta a diversificação, possibilitando a introdução de outros setores podem compensar a defasagem econômica.

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